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Professor cria projeto que ensina tênis para crianças carentes

Alexandre Borges, de 42 anos, quer tornar o esporte que ele pratica desde os 6 anos mais acessível

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 10 jun 2017, 00h02 - Publicado em 10 jun 2017, 00h02
Alexandre borges
Alexandre Borges, criador do Projeto Tênis na Lagoa (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Um mês antes de a mãe, a professora Mirânia Gomes Borges, morrer, em junho de 2004, o professor de tênis Alexandre Borges, de 42 anos, prometeu que ajudaria a tornar o esporte que ele pratica desde os 6 anos mais acessível às pessoas carentes. E cumpriu a promessa criando o Projeto Tênis na Lagoa, que, até então, era apenas um sonho. “Minha mãe sempre dizia que o legado que deixou para o mundo foi ensinar adultos não alfabetizados a ler e escrever. E que eu poderia deixar o meu fazendo com que pessoas conhecessem e praticassem o esporte que amo. Isso mantém vivo o projeto há treze anos”, afirma Alexandre.
Com a autorização da prefeitura para utilizar as quadras de tênis localizadas em frente ao Clube Monte Líbano, na Lagoa, o professor dá aulas gratuitas, de segunda a sexta, a cerca de 180 jovens de comunidades como Vidigal, Rocinha e Cruzada São Sebastião, com idade entre 4 e 17 anos. Mas o projeto não se limita ao esporte. Faz parte do programa acompanhamento psicológico, nutricional e físico. “Tudo é feito por voluntários. Como não há patrocínio, só tenho mesmo o apoio dos amigos e da minha mulher, Ana Paula”, revela Alexandre, que emprega os próprios recursos para comprar material e conta com a boa vontade dos colegas tenistas, que doam raquetes e tênis usados.

Mesmo com todas as dificuldades, os resultados são palpáveis. Representantes do programa já participam de competições, como o Rio Open, e, neste ano, dois jovens — Tamara Mariano, de 15 anos, e José Santos Bezerra, de 17 — viajarão para treinar fora do Brasil. “Por meio de vaquinha pela internet, vamos conseguir mandar a Tamara para a Espanha, neste mês, e o José para os Estados Unidos, em setembro”, diz. Embora não esconda o orgulho, Alexandre faz questão de afirmar que ter talento para o esporte não é o mais importante. “Quero criar cidadãos do mundo e aumentar a autoestima das crianças, para que estudem, lutem e busquem um futuro melhor”, completa. Para isso, o professor não mede esforços. Tanto que conseguiu bolsas de 100% na Cultura Inglesa, a fim de que os jovens estudem inglês, e sempre que pode promove palestras com profissionais das mais diversas áreas. “Hoje, somos uma família. Vamos ao cinema, ao teatro, fazemos piquenique, levo-os a competições, apresento-os aos ídolos do esporte”, revela Alexandre. A única exigência para participar é que as crianças e adolescentes estejam matriculados em escolas públicas.

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