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6 motivos para assistir à série da Netflix sobre a chacina da Candelária

Os Quatro da Candelária, que estreia nesta quarta (30) na Netflix, mistura realidade e ficção, e se passa nas 36 horas que antecederam o crime, em 1993

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 out 2024, 16h59
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Os Quatro da Candelária: série mostra sonhos de crianças inspiradas nas sobreviventes (Guilherme Leporace - Netflix/Divulgação)
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Na noite de 23 de julho de 1993, homens em dois carros atiraram mas cerca de cinquenta de pessoas que dormiam no entorno da Igreja da Candelária, no Centro do Rio, matando oito jovens e ferindo outros, um crime que chocou o país. A tragédia foi o ponto de partida para a minissérie Os Quatro da Candelária, que estreia nesta quarta (30) na Netflix.

 

Inspirada em acontecimentos e depoimentos reais, a produção conta a história de quatro crianças ao longo das 36 horas que antecederam a Chacina da Candelária. Dirigida por Luis Lomenha e codirigida por Marcia Faria, a minissérie ficcional é estrelada por Patrick Congo (Sete), Samuel Silva (Douglas), Wendy Queiroz (Pipoca) e Andrei Marques (Jesus).

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Lomenha foi um dos não atores escalados para o elenco de Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles (produtor de Os Quatro da Candelária) e Kátia Lund. Após participar do longa, fundou, ao lado dos diretores, a escola popular de audiovisual Cinema Nosso.

Na trama, ele misturou elementos de sua própria história familiar à dos personagens. É o caso da trama de Douglas: os pais do menino são assassinados dentro de casa, e, por isso, ele foge para a rua.

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Os bisavós de Lomenha, que haviam sido escravizados, viviam em Campos (RJ) e, quando libertos, compraram um terreno na cidade, onde foram morar. Durante uma briga por terra, eles foram mortos na propriedade. Com medo de represálias, o avô do cineasta e seus irmãos fugiram para a capital do Rio.

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Veja 6 motivos para assistir à nova minissérie:

1) Para criar a série, Luis Lomenha e sua equipe ouviram sobreviventes da chacina, falando do crime, mas também de seus sonhos, resgatando a infância das crianças que foram vítimas e mostrando-as de forma humanizada. Por mais que o crime seja um marco da trama, ela também tem elementos de fantasia e realismo fantástico.

2) Embora a chacina tenha acontecido há mais de 30 anos, os temas abordados pela série continuam atuais, já que é crescente a população em situação de rua no país, e o assassinato de pessoas pobres e negras segue em curso. A produção traz visibilidade para esses assuntos – urgentes, mas negligenciados.

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3) A produção resgata elementos históricos, como o fato de que o Rio de Janeiro recebeu três milhões de africanos escravizados durante quatro séculos de colonização europeia, alguns dos quais ergueram a Igreja de Nossa Senhora da Candelária, em frente à qual jovens negros (portanto, descendentes de africanos escravizados) foram assassinados em 1993.

4) É uma chance de ver novos talentos em cena: três dos protagonistas são estreantes no audiovisual. Samuel Silva, 15 anos, foi descoberto pelo ator Leandro Firmino, que também está no elenco, tocando violino em um ônibus. A caçula do grupo, Wendy Queiroz, 9, é rapper. Andrei Marques, 18, era lutador de jiu-jítsu.

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5) O quarto protagonista, Patrick Congo, já havia feito participações em produções como a série Dom, do Prime Video, e as novelas Amor de Mãe (2019) e Um Lugar ao Sol (2021), da Globo, entre outras. Mas encara seu primeiro protagonista e é uma promessa.

6) O elenco tem nomes famosos, como Antonio Pitanga, Stepan Nercessian, Maria Bopp, Leandro Firmino, o cantor Péricles e Bruno Gagliasso, que interpreta um comerciante pai de família e amante de Sete (Patrick Congo), o mais velho entre os quatro da Candelária.

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