Crítica: Forrobodó — Um Choro na Cidade Nova
✪✪✪ FORROBODÓ — UM CHORO NA CIDADE NOVA, de Carlos Bettencourt e Luiz Peixoto. Escrita por Carlos Bettencourt e Luiz Peixoto, com músicas de Chiquinha Gonzaga, a burleta Forrobodó — Um Choro na Cidade Nova estreou em 1912 sob desconfiança: havia risco de fracasso, porque a peça apresentava um baile popular de samba, frequentado por proletários. A atmosfera […]

✪✪✪ FORROBODÓ — UM CHORO NA CIDADE NOVA, de Carlos Bettencourt e Luiz Peixoto. Escrita por Carlos Bettencourt e Luiz Peixoto, com músicas de Chiquinha Gonzaga, a burleta Forrobodó — Um Choro na Cidade Nova estreou em 1912 sob desconfiança: havia risco de fracasso, porque a peça apresentava um baile popular de samba, frequentado por proletários. A atmosfera festiva, porém, respondeu em grande parte pelo sucesso à época e ainda justifica a remontagem do espetáculo. Dirigido por André Paes Leme, o musical preserva o tom de comédia ligeira, mero pretexto para o desfile de tipos como o guarda-noturno malandro (Érico Brás, excelente), a musa do baile (Juliana Alves) e o empresário que tenta falar difícil (Flávio Bauraqui). Mais nove atores completam o elenco. Sob direção musical da pianista Maria Teresa Madeira, Chiquinha ganhou a companhia, na trilha sonora, de bambas como Ismael Silva, Pixinguinha e Jamelão. Diversão despretensiosa e contagiante.