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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Especialista acredita que só profissionalização salva o carnaval de rua

Gigantismo da folia tem preocupado blocos que enfrentam dificuldades para colocar o carnaval na rua

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Atualizado em 30 jan 2024, 22h37 - Publicado em 24 jan 2024, 07h52
Especialista acredita que só profissionalização salva carnaval de rua do Rio
 (Empolga às 9/Divulgação)
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Se cariocas e turistas celebraram o renascimento do carnaval de rua do Rio, após um período de baixa na folia gratuita, nos últimos anos um movimento está preocupado os foliões. Com as celebrações cada vez maiores está mais complicado para os blocos de carnaval se manterem sustentáveis. O caminho para resolver essa equação: a profissionalização.

É o que acredita Natalia Guimarães, CEO da Bendita, produtora que conecta blocos de rua às marcas patrocinadoras. Ela entende dos bastidores dos blocos, afinal são 17 anos na folia e 13 trabalhando com produção do carnaval de rua do Rio. Por isso consegue identificar a dificuldade que as agremiações enfrentam para conseguir colocar, literalmente, o bloco na rua.

“O dinheiro que vem das marcas oficias que patrocinam o carnaval de rua junto a prefeitura normalmente não é suficiente para pagar todas as despesas. Por isso alguns adotaram o modelo de bloco show para poder atuar o ano inteiro e fazer caixa pro carnaval”, explica.

Blocos de rua buscam patrocínio
Empresa cria oportunidades pra marcas apoiarem blocos de rua do Carnaval do Rio (Carnabendita/Divulgação)

Natália acredita que há outras maneiras de buscar apoios. Sua produtora criou ano passado o Carnabendita, que faz a ligação entre os blocos e possíveis empresas patrocinadoras. Para atrair as marcas aposta em soluções diferentes, desde ações como a disponibilização de óculos de realidade virtual em locais fechados para que o usuário se sinta dentro de uma bateria de bloco até postos de alteração gratuita de nome e gênero nos documentos para pessoas da comunidade LGBTQIA+, trazendo um aspecto social. “A gente cria ativações para que a marca seja lembrada pelo público”, revela.

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Uma forma também de atrair patrocinadores sem medo por parte das empresas em enfrentar problemas com a prefeitura. “O carnaval não é 100% organizado para as marcas que não são patrocinadoras oficiais do carnaval de rua. As outras empresas ficam limitadas para não tomar multa. É preciso ter uma cartilha bem organizada para que as marcas entendam de forma clara o que podem e o que não podem fazer”, explica.

A Bendita Produções está captando para 10 blocos neste carnaval, sendo dois megablocos, com uma meta de captação de R$ 1,5 milhão. No ano passado a empresa realizou 7 desfiles de 6 blocos, reunindo mais de 1 milhão de foliões e gerando cerca de 400 empregos. “Como temos quase o dobro de blocos a expectativa para 2024 é dobrar a meta”, finaliza.

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