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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Teatro, por Claudia Chaves: “Zé Ketti, Eu Quero Matar a Saudade!”

Existem demonstrações de afeto que expressam a genuína carioquice

Por lu.lacerda
18 jul 2025, 10h00 • Atualizado em 18 jul 2025, 14h49
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 (Caio Cezar/Divulgação)
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  • Quero mostrar ao mundo que tenho valor

    Existem demonstrações de afeto que expressam a genuína carioquice. Aquele almoção de domingo: feijoada, cozido, tripa à lombeira, macarronada; muita zoação, pois afinal… política, religião. A sobremesa? É todo mundo sambando. A mais animada pega o cabo de vassoura, joga a bandeira do time e vira porta-estandarte. Ao final, a canja, a sopa de ervilha, o caldo de mocotó.

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    (Caio Cezar/Divulgação)

    É esse clima, essa alegria, esse transbordamento que estão presentes no musical “Zé Ketti, Eu Quero Matar a Saudade!”, que abriu alas para uma verdadeira aula de memória, música e resistência. Idealizado pelo ator e produtor Leandro Santanna, com direção de Márcio Vieira e texto de Cadu Caetano, o musical chegou suave, mas logo mostrou a que veio: fazer justiça a um dos nomes mais potentes do samba carioca. É mais do que uma homenagem — é um ato de justiça histórica.

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    Criado por Leandro Santanna, com texto de Cadu Caetano e direção de Márcio Vieira, o espetáculo ilumina o legado do sambista. O legado de Zé Ketti, símbolo da resistência e da poesia suburbana, está completo no palco. A estrutura dramatúrgica tem o compositor como um fantasma que dialoga com um grupo de parentes e vizinhos que vão realizar um show em sua homenagem.

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    O clima de festa e de congraçamento se concretiza nos números musicais, executados com inteligência cênica, misturando dança afro-brasileira, passos de samba e gestualidade teatral. Com direito a roda de samba, roda de conversa e até improviso, os corpos contam a história também na coreografia e preparação corporal de Valéria Monã. A direção musical de Beá Ayòóla dá o tom com arranjos que respeitam a essência do samba, sem perder o swing.

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    (Caio Cezar/Divulgação)

    O elenco, formado por Marcelo Viégas (Humberto), Clarissa Waldeck (Giovana), Fernanda Sabôt (Rosa), NegaWal (Altamira), Gustavo Maia (Jairinho) e Otávio Cassiano (Tião), com os figurinos do premiadíssimo Wanderley Gomes, que definem cada caráter, possui um desempenho que traz a multiplicidade de sentimentos que a dramaturgia pede.

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    É Leandro Santanna — criador e personagem principal, intérprete com todas as corretas e perfeitas firulas na voz, no corpo, no gestual — que mostra a grandeza do personagem, autor de sucessos inesquecíveis como “Opinião”, “Acender as velas” e “Diz que fui por aí”, integrando essas canções à vivência cotidiana dos personagens — todos inspirados na alma do subúrbio.

    “Zé Ketti, Eu Quero Matar a Saudade” é um ato que reproduz, em sua essência, a letra de “Opinião”. Se esta dizia “daqui do morro eu não saio, não”, agora  a peça reafirma “daqui do palco eu não saio, não”. Esse artista grandioso, que, em tão importante momento do nosso país, é revivido por Leandro Santanna, só nos mostra que o talento vive para sempre. Salve Leandro! O subúrbio, o Rio, o Brasil e o mundo te agradecem.

    Serviço:
    Teatro Municipal Ziembinski (Tijuca)
    Terças e quartas às 20h

    Claudia Chaves
    (Arquivo/Arquivo pessoal)
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