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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Teatro, por Claudia Chaves: “Hamlet” — O clássico imperdível

A montagem dirigida por Bruce Gomlevsky no CCBB, com tradução impecável de Geraldo Carneiro, reafirma a vitalidade do clássico

Por lu.lacerda
29 ago 2025, 09h00 •
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 (Dalton Valério/Divulgação)
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  • “Hamlet” é o exemplo acabado da arte dramática — pela trama, pela força do jovem príncipe atormentado, pelos famosos solilóquios e bordões que atravessaram séculos. É também o sonho de qualquer ator, embora reservado apenas aos excepcionais, dado o tamanho das armadilhas e dificuldades que a peça impõe.

    Texto: William Shakespeare Tradução: Geraldo Carneiro Direção: Bruce Gomlevsky Elenco: Bruce Gomlevsky, Gustavo Damasceno, Ricardo Lopes, Glauce Guima, Sirléa Aleixo, Jaime Leibovitch, Daniel Bouzas, Maria Clara Migliora, Tamie Panet, Alitta de Léon, Aquarela Neves e Guilherme Pinel Assistente de direção: Julia Limp Cenário: Nello Marrese Figurino: Maria Callou Iluminação: Elisa Tandeta Caracterização: Mona Magalhães Trilha Sonora Original: Sacha Amback Operação de som: Manuella Prestes Duelo de espadas: Marcus Bittencourt Fotos: Dalton Valério Foto cartaz: Guilherme Scarpa Filmagem e edição: Bruno Primo Programação visual: Amarildo Moraes Assessoria de imprensa: Dobbs Scarpa Assistente de produção: Lucas Gustavo Direção de produção: Gabriel Garcia
    (Dalton Valério/Divulgação)
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    (Dalton Valério/Divulgação)
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    (Dalton Valério/Divulgação)

    A montagem dirigida por Bruce Gomlevsky no CCBB, com tradução impecável de Geraldo Carneiro, reafirma a vitalidade do clássico. Bruce assina a direção cuidadosa e encara ele mesmo o papel-título. “Hamlet”, afinal, já provou caber a artistas de qualquer gênero e idade — recentemente, Sir Ian McKellen o interpretou aos 82 anos.

    Aqui, a opção é pela proximidade com o público: o espaço em arena, com movimentação pelos corredores e plateia reposicionada, permite olhares múltiplos e projeta cada palavra com clareza. O resultado é uma atmosfera de intimidade quase sufocante.

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    (Dalton Valério/Divulgação)
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    (Dalton Valério/Divulgação)
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    (Dalton Valério/Divulgação)

    A tradução de Geraldo Carneiro preserva a densidade poética e a precisão dramática de Shakespeare sem perder fluidez para o público contemporâneo. Essa sofisticação literária encontra eco na ousadia da encenação: Rosencrantz e Guildenstern surgem como bonecos de game, figuras femininas lúdicas e irônicas que ampliam as leituras possíveis da peça.

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    Outro acerto é a presença da Princesa Fortimbrás, frequentemente cortada em adaptações. Aqui, ela simboliza uma nova era, metáfora da destruição do patriarcado — uma escolha que conecta o clássico às urgências de 2025.

    As tensões delicadas também não são evitadas, como a relação romântica acentuada entre Cláudio e Gertrudes, o que torna a encenação ainda mais provocadora. No centro, está a leitura de Bruce Gomlevsky: um Hamlet angustiado, solitário, de corpo curvado e passos lentos, que encarna fisicamente o peso da dúvida e da paralisia. Ao afastar o herói da imagem grandiosa, Bruce o aproxima de uma humanidade frágil e desamparada.

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    (Dalton Valério/Divulgação)
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    (Dalton Valério/Divulgação)
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    (Dalton Valério/Divulgação)

    O elenco é robusto e afinado: Daniel Bouzas (Laertes), Glauce Guima (Ofélia), Gustavo Damasceno (rei Cláudio), Jaime Leibovitch (Polônio e o coveiro), Ricardo Lopes (Horácio e o fantasma), Sirlea Aleixo (rainha Gertrudes), Maria Clara Migliora (Guildenstern), Tamie Panet (Rosencrantz), Aquarela Neves e Guilherme Pinel. Todos contribuem para o equilíbrio entre lirismo e tensão.

    Os elementos técnicos reforçam a potência da montagem: o cenário sombrio de Nello Marrese, o figurino atemporal de Maria Callou, a iluminação precisa de Elisa Tandeta e a caracterização de Mona Magalhães compõem uma estética de estranhamento. A produção de Gabriel Garcia e a assistência de Julia Limp garantem coesão ao projeto.

    No conjunto, o “Hamlet” de Bruce Gomlevsky é moderno e inquieto: reinventa sem desrespeitar, provoca sem perder a essência. Uma leitura vigorosa que reafirma a atualidade de Shakespeare e a força do teatro brasileiro.

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    Serviço:
    Centro Cultural Banco do Brasil 
    Quarta a segunda, às 19h
    Domingo, às 18h

    Claudia Chaves
    (Arquivo/Arquivo pessoal)
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