Silviano por Silviano — com a lupa de João Barile (e choques elétricos)
Silviano é autor de romances, contos e ensaios fundamentais para o pensamento literário contemporâneo
Por Daniela
5 nov 2025, 18h00 • Atualizado em 5 nov 2025, 18h57
Silviano Santiago, Schneider Carpeggiani, editor da Autêntica, e João Barile (./Divulgação)
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Gilberto Gawronski, Silviano Santiago e Maria Elisa Berredo (./Divulgação) João Barile e a diretora Bia Lessa (./Divulgação)
A ex-ministra da Saúde Nísia Trindade e Silviano Santiago (./Divulgação) Os jornalistas Sergio Augusto e Maria Lucia Rangel e o escritor Silviano Santiago (./Divulgação) Geraldo Carneiro e Silviano Santiago (./Divulgação)
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Silviano Santiago, Schneider Carpeggiani, editor da Autêntica, e João Barile (./Divulgação)
A biografia autorizada “Presente do acaso: um ensaio biográfico de Silviano Santiago” (Autêntica), lançada com muito vaivém na Livraria da Travessa de Ipanema, nessa segunda (04/11), vai além da intelectualidade do escritor — até porque essa parte, todo mundo já conhece. O jornalista João Pombo Barile teve inúmeras conversas, longos encontros e entrevistas até construir um retrato íntimo, com fatos que surpreenderam até o próprio Silviano, um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Mineiro de Formiga, Silviano é autor de romances, contos e ensaios fundamentais para o pensamento literário contemporâneo. Doutor em Letras pela Sorbonne, ganhou o Prêmio Camões 2022, o Machado de Assis da ABL e seis Jabutis.
“Acho que entre nós sempre faltou a conversa intergeracional, a troca de bastão. (…) Escrevi o livro com este objetivo: conversar com um dos maiores escritores de uma geração anterior à minha. Não preciso concordar com tudo, mas tenho a obrigação de ouvir. Com quase 90 anos, Silviano ainda tem muito a dizer. É que, às vezes, o etarismo não nos deixa escutar”, diz Barile.
“Conversei várias vezes com o João sobre a minha vida. Trocamos ideias a não poder mais. Dei-lhe toda a liberdade no tratamento das minhas palavras e dos documentos que ele levantou na confusão dos meus papéis. Aprendi demais com as pesquisas que fez em torno dos tabus de família mineira. No entanto, a sensação mais forte veio depois. Quando li pela primeira vez o que ele tinha escrito, o livro já diagramado, tal como o leitor o encontra. Li o todo por partes. Tive de ir amaciando os choques elétricos. Ao final, fechei os olhos e os reabri. Como Gregor Samsa, na história de Kafka, acordei metamorfoseado num ratinho de laboratório, sobrevivendo a um estranhíssimo experimento de vida”, diz Silviano.
Enquanto isso, o diretor de teatro Gilberto Gawronski brincava: “Queremos a não autorizada.”
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Ao final, quando Silviano subiu para o Zazá Bistrô, no andar de cima da livraria, foi aplaudido por todo o restaurante.
O próximo lançamento será em Belo Horizonte, neste sábado (08/11), às 10h, na Academia Mineira de Letras, com João e Silviano, em conversa mediada por Wander Miranda, professor de Literatura Comparada da UFMG.
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