Recortes da vida de Zé Celso pra você, antes de “Esperando Godot”
Mostra é a abertura do material que estava empacotado desde o incêndio de seu apartamento em SP, em julho passado
De 28 de novembro a 8 de dezembro, quem passar pelo hall do Teatro Carlos Gomes, no Centro, pode apreciar momentos da vida de José Celso Martinez Corrêa (1937-2023), na exposição “Fragmentos do Paraíso”: objetos pessoais, escritos, pensamentos, figurinos e assim vai. É, digamos, um aquecimento para “Esperando Godot”, que estreia na quinta (28/11), clássico de Samuel Beckett, com Alexandre Borges, Marcelo Drummond (viúvo de Zé Celso) e atores do Teatro Oficina no elenco. Zé transformou a montagem numa obra atual, incorporando temas e personagens que contracenam com a vida no Brasil de hoje, além de ser o reencontro de Borges com o Teatro Oficina 30 anos depois.
Desde o incêndio de seu apartamento, no bairro do Paraíso, em São Paulo, em julho passado, os objetos de Zé estavam empacotados, embalados junto às cinzas. Marcelo Drummond foi quem fez grande parte da limpeza, às vezes ajudado por pessoas do Oficina, sempre com orientação de uma técnica em patrimônio, já que eram pilhas de papéis soltos com marcas de fuligem e poeira. Muita coisa foi salva.
A exposição é uma abertura desse material, que inclui uma instalação inspirada na direção de Zé Celso na Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona: “Esperando Godot no fim do mundo”, uma experiência que transporta o público para o universo cênico da peça.