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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva
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A importância da alimentação no estilo de vida saudável

Jornal americano aponta o que ficou conhecido como “Dieta Mediterrânea” como alimentação ideal

Por Gilberto Ururahy
25 jan 2023, 09h40
Mesa com diversos pratos e ingredientes do Mediterrâneo.
Dieta Mediterrânea: cozinha farta em peixes, castanhas e gorduras boas é referência em alimentação saudável. (Shutterstock/Reprodução)
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Um ponto que abordamos reiteradamente com todos os clientes que buscam as clínicas da Med Rio Check-up é a importância de um estilo de vida saudável no mundo contemporâneo, dominado em grande parte pelo estresse, o uso excessivo de telas e a falta de tempo.

A saúde se concretiza como parte do cotidiano a partir de simples atitudes, como a prática rotineira de exercícios, noites reparadoras de sono, moderação no consumo de álcool, distância do tabagismo além, claro, da realização de exames preventivos. Mas um último item é um pilar fundamental nesta rotina: a alimentação saudável.

A ciência já provou que a quantidade e a qualidade dos alimentos ingeridos são pontos-chave na prevenção de doenças crônicas. O consumo excessivo de sal, gorduras e doces a longo prazo, por exemplo, contribuem para diabetes, doenças cardíacas e cânceres.

Na esteira do que seria a alimentação perfeita, aparecem várias dietas oportunistas que se autodenominam “milagrosas”. No entanto, o jornal The New York Times publicou um artigo este mês argumentando que a Dieta Mediterrânea seria, de fato, excelente para a saúde por uma razão simples: não se trata de uma dieta inventada por alguém para vender livros ou outros produtos e ganhar dinheiro.

O êxito se justifica a partir da experiência prática de milhões de cidadãos da França, Itália, Grécia e Croácia, que consomem pratos a base de ingredientes mediterrâneos há décadas e, consequentemente, apresentam menor incidência de doenças cardíacas. E por que isso acontece? Porque os ingredientes mediterrâneos de fato são bastante saborosos e, por sorte, muito saudáveis.

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Pesquisadores concluíram que o cardápio desses países eram a base de frutas, vegetais legumes, grãos integrais, castanhas, proteínas magras, como salmão, sardinha e atum, e gorduras boas, como azeite extra virgem, por exemplo. Desde então a alimentação mediterrânea ficou conhecida como “amiga” do coração, por seus efeitos protetivos e saudáveis, além de comprovada influência na redução da pressão arterial e do colesterol e na redução de riscos de diabetes tipo 2.

Além disso, estudo publicado em 2018 a partir do acompanhamento de 26 mil mulheres que seguiam a Dieta Mediterrânea a longo prazo concluiu que 25% delas tinham redução de risco de doença cardiovascular. Isso se explica pela mudança de quantidade de açúcar no sangue, inflamações e percentuais de massa magra no corpo.

Um ponto que pesa a favor da disseminação da alimentação mediterrânea é que, por ser gostosa e diversificada, é de fácil sustentação a longo prazo. Quem adere à sua prática não se sente “fazendo dieta”, ao contrário, bem alimentado e saciado. Não se trata, portanto, de uma dieta, mas de uma educação alimentar correta, voltada ao estilo de vida saudável. Porém, é preciso estar atento: alimentos ricos em nutrientes não têm, necessariamente, poucas calorias. Azeite de oliva e castanhas, por exemplo, que na medida certa podem ser excelentes aliados do coração, podem levar a ganho de peso se consumidos em excesso.

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Para nós, que moramos bem longe do Mediterrâneo, as boas notícias são que os alimentos que compõem as refeições da região são fáceis de serem encontrados aqui, além de serem a cara do verão carioca, por seu frescor.

Aproveite a estação marcada por altas temperaturas, para comer melhor e mais leve!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, desenvolveu a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, Conselheiro estratégico da ABRH-Brasil e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-up.

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