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Os concertos do Rio International Cello Encounter, a peça de teatro Inglaterra - Versão Brasileira, a exposição da artista Anna Letycia e a programação musical do Ron Carter e I Love Jazz

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2017, 14h26 - Publicado em 3 ago 2012, 19h50
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Divulgação (Redação Veja rio/)
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CONCERTO

Rio International Cello Encounter. Inglês apaixonado por Villa-Lobos, o violoncelista David Chew mudou-se para o Rio há 31 anos e aqui ficou. Torce pelo Fluminense, toca na Orquestra Sinfônica Brasileira e, em retribuição ao que ganhou da cidade, criou o festival de música que chega à 18ª edição a partir de quarta (8). Os mais de quarenta concertos gratuitos em diversos pontos do Rio, e também de municípios vizinhos, vão do clássico ao popular, passando por alguma experimentação. Na quinta (9), às 20 horas, a Fundação Eva Klabin, na Lagoa, recebe o violinista cipriota Haroutune Bedelian e a pianista americana Lorna Griffitt. O duo vai tocar a Sonata para Violino de Debussy. No dia seguinte, no mesmo horário, mas na Escola de Música da UFRJ, o anfitrião junta-se ao saxofonista argentino Blas Rivera e ao pianista uruguaio Fernando Goicoechea para misturar jazz e tango em obras de Astor Piazzolla. Às 11 horas do sábado, no Parque Lage, o incansável Chew integra um octe­to na execução de Suíte para a Ópera-Rock Tommy, homenagem à banda inglesa The Who com arranjo do guitarrista Victor Biglione, também na formação. Tem muito mais.

TEATRO

Dalton Valerio / Divulgação
Dalton Valerio / Divulgação ()

Inglaterra – Versão Brasileira. Afeito a subverter convenções teatrais, o inglês Tim Crouch escreveu, em 2007, uma peça para ser encenada em uma galeria de arte. Na primeira montagem brasileira, a proposta foi mantida ? parte da ação acontece no espaço da mostra de fotografia Olhares Sobrepostos, no Centro Cultural Justiça Federal. O espetáculo tem dois atos. No primeiro, Pedro Brício e Maíra Gerstner, ótimos, recebem os visitantes como se fossem guias de museu. Logo se verá, porém, que há apenas um personagem. Enquanto percorre a exposição (25 minutos de pé, é bom saber), o espectador descobre que o guia tem uma doença no coração e foi curado graças ao namorado, um colecionador de arte. Em outra sala, com o público sentado, Brício assume de vez o papel do doente. Maíra, então, vive a intérprete incumbida de traduzir as falas da viúva do doador que o salvou. Dito assim parece confuso, mas é preciso preservar as surpresas da trama. A afinada direção de Bel Garcia insere os atores em um balé minuciosamente coreografado, especialmente na primeira parte.

EXPOSIÇÃO

Jaime Acioli / Divulgação
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Anna Letycia. Discípula de Iberê Camargo (1914-1994), com quem iniciou seu aprendizado de gravura em metal na década de 50, a artista, nascida em Teresópolis, é considerada hoje uma das mais importantes gravadoras brasileiras. Aos 82 anos, ela tem sua premiada trajetória celebrada com a retrospectiva em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes. Os 77 trabalhos reunidos perpassam toda a carreira de Anna ? o que dá ao visitante a oportunidade de acompanhar diferentes rumos tomados ao longo do tempo. Mais antigas da mostra, as obras da série Formigas, de 1956, apresentam esses insetos de maneira literal. Produzido nos anos 2000, o conjunto Novas Imagens traz formas abstratas de original beleza. Em boa parte dos trabalhos figuram recipientes quadrados e caramujos, dois elementos aos quais a artista dispensou especial atenção, como se nota na série Caixas, de 1982.

SHOWS

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Ron Carter e I Love Jazz. Uma semana pródiga aguarda os amantes do jazz. Contrabaixista de renome, o americano Ron Carter já tocou com uma lista de ídolos que vai de Miles Davis a James Brown e, para a nossa alegria, adora o Rio. De volta à cidade após um surpreendente intervalo de dois anos, ele se apresenta na quarta (8), no recém-inaugurado Imperator ? Centro Cultural João Nogueira, no Méier. Ao lado da pianista Renee Rosnes, do baterista Payton Crossley e do percussionista Rolando Morales, Carter não vai nem conversar. Promete enfileirar, sem interrupção, como em uma suíte, temas próprios, a exemplo de Caminando e Mr. Bow Tie, e standards do porte de My Funny Valentine. No Centro, de terça (7) a quinta (9), a Praça dos Correios abriga a programação grátis do festival I Love Jazz. Entre os nomes anunciados estão a pianista californiana Judy Carmichael e o saxofonista Scott Hamilton, à frente de um trio, além dos grupos Dukes of Dixieland e Geor­ge Gee Swing Orchestra. Na quinta (9), Judy mostra as faixas do último álbum, Come and Get It, no qual revela sua porção cantora pela primeira vez em composições de Peggy Lee e Fats Waller. Programe-se, porque a festa continua: no domingo (12), apresentam-se ao ar livre, no Arpoador, as primeiras atrações do Bourbon Street Fest, que segue na cidade até o dia 14.

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