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Torcedores do Botafogo que fizeram gestos racistas serão indiciados

Delegacia de Crimes Raciais condenou o gestual da dupla imitando macacos como incitador de "um histórico de desumanização e ofensa racial"

Por Redação
Atualizado em 4 nov 2024, 14h07 - Publicado em 4 nov 2024, 14h06
Racismo: torcedores do Botafogo flagrados no crime, em jogo da Libertadores (Internet/Reprodução)
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O advogado Vinicius Ramos de Andrade e Silva, de 35 anos, e o empresário Adriano Santos de Souza Machado, de 38, flagrados fazendo gestos racistas durante uma partida entre Botafogo e Palmeiras, no Estádio Nilton Santos, em agosto, foram indiciados por racismo pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

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A delegada Rita de Cássia Salim Tavares afirmou, no documento enviado ao Ministério Público do Rio (MPRJ): “O ato de fazer gestos imitando macaco em referência a um grupo de pessoas negras, carrega um histórico de desumanização e ofensa racial que associa características de animais a seres humanos (…) reforçando assim o preconceito e estereótipos raciais”.

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No documento, com trechos publicado pelo portal G1, a delegada afirmou que os “gestos ocorreram de forma explícita durante um evento esportivo“, incentivando a disseminação de atos de discriminação racial”. Segundo a Decradi, esse comportamento resulta em discriminação e constrangimento que afetam não só os indivíduos, mas também a sociedade, pois promovem divisão e o desrespeito e deve ser punido na forma da lei.

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Vinicius e Adriano negaram o crime. O primeiro disse que “o gesto que fez batendo no braço e passando os dedos sobre a pele do braço se referia à garra e ao sangue do time pela vitória, sobretudo considerando o histórico recente de embates entre os dois clubes e entre os seus respectivos presidentes”. Ele ocupava um cargo na Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Maricá e foi exonerado depois que vídeos com seus gestos circularam pela internet.

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Adriano, por sua vez, disse que “por conta de um procedimento médico vem sofrendo apagões de memória“, e que no dia do jogo estava bêbado. O empresário informou que do dia da partida só lembra de “flashes”, mas que o vídeo sofreu edições que desfavorecem os indiciados.

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