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Tarifaço de Trump pode cortar quase 34 000 empregos no Rio, aponta IPP

Segundo estudo, sobretaxas americanas elevam incertezas no comércio exterior e colocam em risco mercado de trabalho da capital fluminense

Por Elisa Torres
21 ago 2025, 12h33 • Atualizado em 21 ago 2025, 12h39
Porto do Rio
Atividade comercial: IPP divulga estudo sobre impactos das tarifas norte-americanas nas exportações da cidade (Divulgação/Agência Brasil)
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  • A nova política tarifária dos Estados Unidos pode eliminar até 33,9 mil empregos formais no Rio de Janeiro, segundo projeções. A informação integra um estudo inédito divulgado pelo Instituto Pereira Passos (IPP), da prefeitura, sobre os efeitos da medida nas exportações da capital fluminense, maior exportadora brasileira para o mercado norte-americano. “Nosso objetivo com esse estudo é oferecer ao poder público e à sociedade informações técnicas e confiáveis, capazes de embasar políticas que protejam o emprego e incentivem a diversificação da pauta exportadora da cidade”, afirmou o presidente do IPP, Elias Jabbour.

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    O cenário analisado parte da aplicação de uma tarifa linear de 50% sobre os produtos brasileiros vendidos aos EUA, anunciada pelo governo Trump no início de agosto. De acordo com o IPP, os efeitos dessa medida poderiam resultar na perda de até 12,4 mil empregos formais em um horizonte de um a dois anos. Em estimativas mais pessimistas, o número de postos de trabalho eliminados chega a 33,9 mil. “Mesmo diante de um cenário adverso, os dados mostram que o Rio de Janeiro mantém sua resiliência econômica”, destacou Jabbour.

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    IPP divulga estudo sobre tarifaço de Trump
    Panorama das tarifas: município é o maior exportador brasileiro para o mercado norte-americano (Sarah Soares/Divulgação)

     

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    Nem todos os cenários traçados pelo relatório são negativos. O estudo aponta que os impactos tendem a ser menores do que o estimado em análises anteriores, já que a lista oficial de produtos isentos inclui o óleo bruto de petróleo, responsável por 53,2% das exportações da cidade. Como o petróleo é o principal item das vendas externas do município e do estado, a exclusão representou uma mitigação importante dos efeitos. “A isenção do petróleo nas tarifas norte-americanas foi um alívio fundamental, mas é essencial avançar na industrialização local e investir em inteligência econômica para diversificar nossa pauta exportadora e fortalecer o protagonismo do município no comércio exterior brasileiro”, avaliou o presidente do IPP.

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    Segundo a análise, cerca de 57% das exportações fluminenses para os EUA — equivalente a US$ 4,2 bilhões em 2024 — estão fora do alcance das tarifas adicionais. Sem essas isenções, o prejuízo ao estado poderia chegar a R$ 830 milhões.

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    Os dados também reforçam a relevância estratégica do Rio de Janeiro no comércio exterior brasileiro. Somente em 2024, a cidade respondeu por 66,7% das exportações fluminenses para os EUA, o que representou aproximadamente US$ 4,95 bilhões FOB, equivalentes a 12,3% do total enviado pelo Brasil ao país norte-americano. Hoje, os Estados Unidos são o segundo maior destino das vendas externas do município, com participação de 19,1%.

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    O perfil exportador do município, no entanto, é bastante concentrado: petróleo e produtos semimanufaturados de ferro e aço respondem por mais de 85% das vendas aos EUA, o que torna a cidade particularmente vulnerável a variações tarifárias internacionais. Para Jabbour, o desafio é ampliar as oportunidades em outros setores estratégicos. “Para o Rio continuar competitivo no mercado global, precisamos estimular a inovação e o desenvolvimento de setores industriais estratégicos, que agreguem valor à nossa economia e gerem empregos qualificados, garantindo um futuro sustentável para a cidade e seu povo”.

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