Quase 80% das escolas municipais do Rio precisam de reformas urgentes
Relatório elaborado por vereador aponta que em 45% delas faltam professores e em 43% não há climatização adequada
Mais de 76% das escolas municipais do Rio precisam de alguma melhoria urgente em infraestrutura. É o que aponta o 2º Relatório da Educação Carioca, elaborado pelo gabinete do vereador William Siri (PSOL) após uma série de fiscalizações, que ocorreram em 142 escolas da rede, que tem 1542 unidades. O número representa pouco mais de 9% do total. Das 142 unidades visitadas, 109 necessitam de reformas. A falta de professorares é outro problema, relatado por 45% das unidades visitadas. As maiores queixas se refere à falta de profissionais de ensino de Artes, Língua Portuguesa e Educação Física.
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O relatório também revela que, em meio a altas temperaturas registradas na cidade, 43% das escolas visitadas não têm climatização adequada e rede elétrica segura ou suficiente para o conforto de alunos e professores. A direção de 26 dessas unidades informou que já pediu reparo emergencial. Além disso, 62% das unidades educacionais visitadas não apresentam quadras poliesportivas em condições adequadas – 35% das escolas fiscalizadas nem quadra têm.
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Uma das conclusões do documento, divulgado nesta quarta (29) pelo RJ TV, da Rede Globo, é de que há um déficit no orçamento da educação na cidade do Rio. Segundo cálculos feitos pelo gabinete do vereador, o gasto por aluno da rede municipal no ano de 2022 é de 11 mil reais, no Pedro II, da rede federal e considerado uma referência, é de 38 mil reais. O relatório deve ser entregue à Secretaria municipal de Educação. Em nota, a pasta informou que ainda não recebeu o relatório do vereador e afirmou esdrúxulo comparar uma escola com uma rede que possui 1.550 unidades. Destacou também que, desde 2021, já investiu mais de meio bilhão de reais em obras de manutenção e construção de novas unidades, com 250 obras em andamento. Ainda segundo o comunicado, 90% das escolas da rede são climatizadas. Sobre os professores, a atual gestão informou que incorporou à rede mais de 7 mil novos professores e aumentou a carga horária de mais de 12 mil profissionais de ensino.