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Como parceria entre prefeitura e BNDES vai revitalizar o Cais do Valongo

Será lançado um edital de incentivo à cultura na região da Pequena África, que ganhará também um novo museu, em um dos antigos armazéns

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 Maio 2023, 18h59
Cais do Valongo, em 2012 -
Cais do Valongo: sítio arqueológico e entorno serão revitalizados (Halley Pacheco de Oliveira/Wikicommons)
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Prefeitura do Rio anunciaram nesta segunda (22) que irão unir esforços em prol da revitalização do Cais do Valongo e seu entorno. As medidas irão incentivar a cultura na região onde fica o sítio arqueológico.

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“Vamos abrir um fundo novo. Por iniciativa do BNDES, vamos buscar parceiros para fortalecer e fomento da Pequena África [como é conhecida a Zona Portuária], para fazer ali um território da cultura. Aquilo ali acho que é o pré-sal da história e da cultura negra no Brasil. É uma coisa muito forte e muito bonita”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

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Ele afirmou que o processo se iniciaria nesta terça (23) e adiantou que ele será concluído com a construção de um museu em um dos antigos armazéns da região. “Vamos restaurar o prédio histórico e ajudar a criar mais um centro cultural que pode ser uma referência internacional”, explicou.

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O prefeito Eduardo Paes comemorou a notícia. “Ter um edital do BNDES viabilizando recursos para que tenhamos ali, aquela enorme capacidade de produção cultural no Largo da Prainha, na Pedra do Sal, no Morro da Providência, que é a primeira favela brasileira — a origem do nome favela está ali no Morro da Providência —, não tem dúvida nenhuma que vai representar um avanço grande para esta região central da cidade”, declarou Paes.

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Construído em 1811, o Cais do Valongo foi o principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, tendo funcionado até 1831. No início do século XX, foi soterrado, numa tentativa de se esconder o horror da escravidão, tendo sido revelado somente em 2011, durante as obras do Porto Maravilha. Desde 2017, foi tombado como Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.

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Mercadante e Paes anunciaram também a reabertura do Espaço Cultura do BNDES, na Avenida Chile, no Centro, depois de três anos em que o local ficou sem apresentações. Depois de 20 de junho, quando o BNDES faz 71 anos, o centro cultural terá a música gratuita duas vezes por semana: às quintas, haverá espetáculos de música popular brasileira e às sextas, de música instrumental ou erudita.

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