Polícia determina sigilo de operações no Rio por cinco anos
Decisão da secretaria de Estado da Polícia Civil (Sepol) inclui a ação na comunidade do Jacarezinho, que resultou em 28 mortes
A secretaria de Estado da Polícia Civil (Sepol) do Rio decidiu manter em sigilo por cinco anos todas as informações sobre operações policiais desencadeadas no estado. Entre elas, está a realizada contra o tráfico de drogas, na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte da capital, no dia 6 de maio.
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A operação resultou na morte de 28 pessoas, entre elas, o policial civil André Farias. Foi a operação considerada a mais letal no Rio, com maior número de mortes em confronto entre policiais e traficantes. A decisão tem como base o despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de restringir operações policiais durante a pandemia da Covid-19.
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Conforme a Polícia Civil, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) recebeu denúncias de que traficantes aliciavam crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território. De acordo com a Sepol, os criminosos exploravam práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, concessionária que opera o sistema de trens, entre outros crimes realizados na região.
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STF
O Supremo Tribunal Federal começou, na última sexta (21), o julgamento da medida cautelar referente à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das favelas. A ação tramita desde o ano passado e visa denunciar o estado do Rio pelas mortes durante operações policiais nas favelas e periferias.