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Pesquisadores da UFF identificam três sítios arqueológicos em Niterói

Seis áreas de importância histórica e ancestral estão sendo estudadas com novas descobertas nas regiões de Camboinhas e Itaipu

Por Redação
3 jun 2024, 18h50
Sítio: arqueólogos descobrem complexo sistema de ocupação humana milenar na Região Oceânica (Internet/Reprodução)
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Mais três sítios arqueológicos foram identificados nos bairros de Itaipu e Camboinhas, na Região Oceânica, desde dezembro de 2022. O trabalho de pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas Indígenas (NuPAI) da Uerj começou há três anos, quando foram convidados pelo Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI) para redefinir a localização da Duna Pequena e do Sambaqui Camboinhas, catalogados na década de 1970, e veio a descoberta de um complexo sistema de ocupação humana ao longo de mais de sete mil anos.

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Os sítios Lagoa de Itaipu, Sururu Pequeno e Jacuné fazem o número de locais como estes dobrar na região, de três para seis. Além da Duna Pequena e do Sambaqui Camboinhas, o cinturão arqueológico já contava também com a Duna Grande, em Itaipu. Os estudos têm como objetivo ainda impedir que a especulação imobiliária avance sobre estes terrenos, de acordo com informações do jornal O Globo.

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O trabalho coordenado pelo professor Anderson Marques Garcia coletou mais de 40 objetos que estão em análise no laboratório de radiocarbono da UFF. Itens como dentes de tubarão usados como adorno, ossos de crânio, conchas e pedras lascadas.

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“Essas descobertas mostram que a ocupação do Complexo Arqueogeológico Lagoa de Itaipu tende a ser muito maior do que pensamos. Em termos de comparação, conseguimos dizer que cada parte desse lugar seria um local destinado a diversos tipos de atividades humanas. Ali existem sepultamentos conhecidos no Sambaqui Camboinhas e nas Dunas Pequena e Grande e lugares que provavelmente funcionavam como uma espécie de oficina de utensílios de pedra. Vale destacar que ao longo de décadas, por conta da ocupação mais recente da região, diversas áreas foram removidas de seu lugar de origem. Rios e praias foram aterrados; casas e outras edificações foram construídas sem que esse trabalho tivesse sido levado em consideração”, diz Kita Macario, responsável pelo trabalho de laboratório que vai apontar o período dos objetos, que deve ficar pronto até o final deste mês.

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Os pesquisadores mostram preocupação com a especulação imobiliária que os valorizados bairros enfrentam, e afirmam que a nova Lei Urbanística da cidade abre caminho para a construção de edificações em terrenos que deveriam ser preservados pelo valor histórico e ancestral. A prefeitura diz que alterações só podem ser feitas com a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um órgão federal.

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