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Novo paintball? Quais são os perigos da arminha de gel, que chegou ao Rio

Grupos numerosos de adolescentes com artefatos que imitam fuzis se enfrentam em locais públicos da cidade

Por Redação
25 set 2024, 14h52
arma-de-gel
Arma de gel: artefatos vendidos na internet estariam estimulando a violência (Internet/Divulgação)
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A cena assusta e lembra as guerras entre traficantes, e invasões de comunidades por facções rivais. Porém, os jovens que invadem armados um caminhão da Comlurb no Complexo da Maré estão carregando armas que atiram projéteis de gel, uma brincadeira, a princípio, que está virando febre em diversos lugares do Brasil, chegou ao Rio e causa preocupação.

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O vídeo citado circula na página Maré Vive, nas redes sociais, e mostra o provável início de mais uma das batalhas que ocorrem entre dezenas de adolescentes portando suas armas. Em outro vídeo nas redes, dezenas de adolescentes e crianças correm armados por área identificada como uma comunidade na Zona Oeste.
Ao contrário do paintball, atividade que ocorre em locais fechados e com proteção, as armas de gel atiram em lugares abertos e cheios, ao lado de transeuntes, sem proteção. Os grupos se enfrentam e divulgam os confrontos nas redes sociais.

Guerra: jovens
Guerra: jovens “armados” invadiram caminhão de lixo na Maré (Instagram/Reprodução)
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Armas de origem chinesa, definidas pelos vendedores na internet como “brinquedo arma de bolinha de gel elétrica”, têm preços que variam de R$ 389,00 a R$ 650,00. Antes da febre das batalhas nas ruas, o produto custava aproximadamente R$ 70. Até granadas com gel são comercializadas ao preço de R$ 750,00.

Os modelos são bem parecidos com pistolas automáticas reais, fuzis como o AK-47 e rifles. A munição é composta por minúsculas bolinhas, que precisam ser colocadas na água para atingir o tamanho adequado para carregar os artefatos. Normalmente, a embalagem vem também com óculos de proteção.

“Se eles atiram um projetil que possíveis de causar um dano, não são brinquedos. Justamente para não poderem ser usadas em assaltos e se passar por armas de fogo. Os projéteis de gel não machucam, mas os vídeos incentivam a machucar, ainda que na brincadeira. Esse tipo de prática precisa ser regulamentada com algum tipo de legislação”, disse sociólogo e pesquisador Eduardo Ribeiro, do Laboratório de Análise da Violência da UERJ, o jornal O Globo, acrescentando que o ato pode ser considerado de dersordem pública.

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Segundo parâmetros do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), as armas de projéteis de gel não podem ser consideradas brinquedos, embora não exista nada na legislação brasileira que proíba sua venda. De acordo com o Inmetro, a regulamentação define que brinquedos são produtos destinados ao uso por crianças menores de 14 anos. De outra forma, não podem receber o Selo de Identificação da Conformidade.

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“Todas as armas de brinquedo, com ou sem projéteis, devem cumprir os requisitos, advertências e indicações aplicáveis a todos os tipos de brinquedos e atender à identificação prevista no Anexo C da Portaria Inmetro nº 302, de 2021, que determina as marcações ou identificações de brinquedos similares a armas, bem como o Anexo V – Lista de Produtos que explicitamente, não são considerados brinquedos, no item 47. Imitações de armas de fogo. Ressaltamos que a comercialização de imitações fieis de armas de fogo é proibida no Brasil“, diz a nota do Inmetro, afirmando que objetos como armas de paintball não se encontram sob a competência do órgão.

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