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Caso Marielle: segundo PGR, assessora que sobreviveu também era alvo

Fernanda Chaves se surpreendeu, mas ainda não teve acesso às informações oficialmente; segundo denúncia, objetivo era assegurar impunidade do crime

Por Da Redação
10 Maio 2024, 16h11
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Fernanda Chaves: baleada, Marielle caiu sobre sua assessora, que não se feriu no atentado (TV Globo/Reprodução)
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Ex-assessora da vereadora Marielle Franco (PSOL) e única sobrevivente do atentado que também vitimou o motorista Anderson Gomes, a jornalista Fernanda Chaves, se surpreendeu ao saber que que também era um dos alvos do ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa, autor dos disparos. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a ordem dos mandantes era matar, além da parlamentar, Anderson e ela, “com o objetivo de assegurar a impunidade do crime contra Marielle”.

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Segundo o jornal O Globo, Fernanda soube das conclusões da PGR na noite desta quinta (9), pela imprensa. “Por enquanto, tanto eu como meus advogados não tivemos acesso à denúncia da PGR. Seria prematuro comentar o caso sem conhecimento do teor das informações. Tudo tem que ser analisado com muita atenção“, disse ela ao jornal.

Na terça (7), a PGR ofereceu denúncia contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão; seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ); o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado; e o policial militar Ronald Alves de Paula, ex-chefe da milícia de Rio das Pedras e Muzema, na Zona Oeste, pelos homicídios de Marielle e Anderson. Nesta quinta (9), com a Polícia Federal cumprindo o mandado de prisão contra o policial militar Robson Calixto Fonseca, vulgo Peixe, assessor de Domingos, a denúncia foi divulgada. Na delação premiada de Ronnie Lessa, Robson é suspeito de ter entregado a metralhadora HKMP5, usada no crime, pelo delator.

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No dia 14 de março de 2018, Marielle, Fernanda e Anderson saíram, por volta das 21h, da Casa das Pretas, na Lapa, onde a vereadora participou do evento Jovens Negras Movendo as Estruturas. O Cobalt prata seguiu o Agile dirigido por Anderson até o local da emboscada, no Estácio. Segundo os investigadores, o ex-PM Élcio de Queiroz emparelhou seu carro com o da parlamentar para que Lessa atirasse. Os disparos que mataram Marielle atravessaram seu corpo e atingiram Anderson. A parlamentar caiu sobre Fernanda, que conseguiu escapar.

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