Forte de Copacabana será concedido à iniciativa privada? Entenda
BNDES fará um diagnóstico da área, avaliando a necessidade de reformas e, em seguida, definirá o modelo de concessão que valorize o espaço
Firmado nesta terça (9) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Exército Brasileiro, o contrato para estruturação e modelagem de projetos de valorização e exploração econômica do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana – ou seja, em outras palavras, a concessão das atrações à iniciativa privada está causando rebuliço na cidade.
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Participaram da assinatura o diretor de planejamento e relacionamento institucional do BNDES, Nelson Barbosa, e o chefe do Estado Maior do Exército, general Richard Fernandez Nunes.
O contrato tem duração de 36 meses e, a partir de agora, o BNDES fará um diagnóstico dos ativos imobiliários de propriedade do Exército, avaliando a necessidade de reformas e, em seguida, definirá o modelo de concessão a ser adotado que melhor contribua para a valorização do empreendimento para futura licitação pública.
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“Tanto o Forte de Copacabana quanto o Zoo do CIGS, em Manaus [que também está no projeto], são patrimônios nacionais, e teremos a oportunidade de torná-los ainda mais atrativos para turistas e moradores aproveitarem todo o seu potencial”, explicou Nelson Barbosa.
O projeto de concessão, via parceria público-privada, fará parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
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Ouvido pelo jornal O Globo, o presidente da Riotur, Patrick Corrêa, vê a concessão com ‘bons olhos’. “O projeto vai consolidar Copacabana como o principal destino de turistas na cidade”, avaliou.
Já o presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães, diz que a notícia ‘acendeu o sinal amarelo’. “Novas iniciativas, como a concessão, são interessantes, desde que não maculem o tombamento do forte. Queremos que seja preservada a sua memória, artística, arquitetônica e cultural”, afirmou à publicação.
O Forte de Copacabana é um dos principais pontos turísticos da cidade, recebendo cerca de 35 000 pessoas por mês. O museu tem um acervo variado de 15 000 peças, além de indumentárias, armamentos e objetos de uso pessoal históricos.
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Também funcionam por lá uma unidade da tradicional Confeitaria Colombo e o Café 18 do Forte. Nos fins de semana, principalmente, moradores e turistas fazem fila para desfrutar de café da manhã ao ar livre, com vista para o mar de Copacabana.