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Escolas de samba mirim encerraram os desfiles neste domingo (24)

Primeira a desfilar foi a Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy, seguida pela Corações Unidos do Ciep, que apresentou enredo sobre a história dos jogos

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 abr 2022, 12h32 - Publicado em 25 abr 2022, 12h30
Foto mostra crianças desfilando na Sapucaí
Escolas mirins: catorze escolas desfilaram na Sapucaí (Thiago Lara/Riotur)
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As escolas de samba mirins encerraram neste domingo (24) os desfiles do carnaval fora de época no Sambódromo. Passaram pela pista as agremiações: Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy, Corações Unidos do Ciep, Império do Futuro, Pimpolhos da Grande Rio, Golfinhos do Rio de Janeiro, Herdeiros da Vila, Aprendizes do Salgueiro, Filhos da Águia, Infantes do Lins, Nova Geração do Estácio, Mangueira do Amanhã, Estrelinha da Mocidade, Petizes da Penha e Miúda da Cabuçu.

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A abertura do evento foi marcada pela apresentação da Orquestra Popular Manoel Couto, formada por 73 músicos entre crianças e jovens, estudantes da rede pública de ensino, que tocou tradicionais sambas-enredo, clássicos da música popular brasileira, além do hino carioca Cidade Maravilhosa.

Os espectadores puderam apreciar ainda o cortejo do Carnaval mirim, integrado pelo Rei Momo, rainha, princesas e o casal de mestre-sala e porta-bandeira.Escolas de samba mirim encerraram os desfiles neste domingo (24)Escolas de samba mirim encerraram os desfiles neste domingo (24)A primeira escola a desfilar foi a Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy, com o enredo Fazer Aniversário É Celebrar a Vida, e Hoje É o Meu Dia de Festa. A escola veio com 16 alas e 600 componentes, além de 120 ritmistas que fazem parte da bateria.

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Corações Unidos do Ciep foi a segunda agremiação a entrar no Sambódromo, cantando o enredo Vivendo e Aprendendo a Jogar, que narra a história dos jogos desde os primórdios da humanidade até as olimpíadas modernas. A comissão de frente da escola foi formada por doze integrantes, que vão simularam um jogo de xadrez.

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Vida e esperança

A Império do Futuro contou A Peleja Curumim Contra o Monstro Jurupari. De autoria do carnavalesco Raphael Ladeira, o enredo destaca a importância da vida, da esperança e da fraternidade para vencer os “monstros” que surgem, a exemplo da pandemia do novo coronavírus. A escola tem como cores principais o verde, branco, ouro e prata.

Em seguida, a Pimpolhos da Grande Rio, de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, apareceu com o enredo Olha, Que Linda a Quitandinha de Erê. Trinta baianas e 60 passistas ajudaram a agremiação a contar aos espectadores como é a festa oferecida aos Erês, entidades que, na língua Iorubá, podem representar diversão e brincadeira, nos barracões de candomblé.

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A quinta escola a pisar na Passarela do Samba foi a Golfinhos do Rio de Janeiro. Ela traz o enredo A Golfinhos Invade o Nordeste. Fundada em 15 de novembro de 2020, a Golfinhos do Rio de Janeiro traz em sua bandeira as cores amarelo e azul e tem Ana Gabriela Teixeira de Carvalho como rainha da bateria.

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As cores azul e branco da Herdeiros da Vila vieram em seguida, com o enredo Você Semba Lá… Que Eu Sambo Cá! O Canto Livre de Angola, de autoria de Rosa Magalhães e Alex Varela. O enredo fala da tradição e da resistência do povo angolano que foi trazido para o Brasil como escravo e aqui gerou uma mistura de identidades forte com os brasileiros.

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Os Aprendizes do Acadêmicos do Salgueiro chegou à avenida logo depois, trazendo o enredo Rio de Lá pra Cá, de Roberto Szaniecki, que deixa o carioca contar sua própria história. Os compositores do samba-enredo são Celso Trindade, Demá Chagas, Bala, Arizão, Guaracy e Quinzinho. O samba Rio de Lá pra Cá, do Salgueiro, marcou época na avenida, em 1994.

Aniversário

Na sequência, desfilaram os Filhos da Águia da Portela, com o enredo É festa!, que comemora os 20 anos de fundação da agremiação, por meio dos desfiles já apresentados e que também, de forma lúdica, mostra a importância das celebrações culturais, religiosas, pela dança e por outras manifestações que existem de Norte a Sul do Brasil, com toda riqueza e colorido.

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A Infantes do Lins apresentou o enredo Nossos Valores em Contos e Fábulas, pelo qual a escola quer contar toda uma gama de desafios voltados às comunidades que abraçam a agremiação, sejam internas ou externas ao bairro em que está inserida, mostrando os benefícios trazidos por valores morais e éticos, para as crianças, os jovens e adolescentes, e ressaltando o surgimento das escolas mirins como recreativas e socioculturais e não como escolas de samba-empresas.

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Marlene Povão, Bate o Lindo Coração desta Nova Geração é o enredo da Nova Geração da Estácio de Sá, que reverencia a sambista Marlene Povão, de 82 anos, que é comunicadora oficial e referência da Estácio, conhecida e reconhecida por toda a comunidade do Morro de São Carlos. Filha de Iansã e Xangô, adoradora das crianças da terra e do espaço, Marlene Povão é considerada figura marcante no samba.

Fundo de Quintal

A décima primeira escola mirim a desfilar foi a Mangueira do Amanhã, com o enredo Obrigado do Fundo do Nosso Quintal. A viagem é feita com base nas melodias e letras que fazem parte da cultura nacional “e, principalmente, da história da música popular brasileira!“, diz o autor do enredo, Bruno Faria

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A Estrelinha da Mocidade traz como enredo A Festa do Divino, que é realizada sete semanas depois do Domingo de Páscoa, no dia de Pentecostes, para comemorar a descida do Espírito Santo sobre os doze apóstolos. Essa tradicional festa do folclore brasileiro é uma mistura de manifestações religiosas e profanas, ou seja, sem caráter sagrado. O enredo narra a origem da Festa do Divino, em Portugal, no século 14, até os dias de hoje, lembrando as celebrações em todo o Brasil, com destaque para as do Maranhão, de Pirenópolis, em Goiás e Paraty, no estado do Rio. O samba Festa do Divino foi interpretado pela Mocidade Independente de Padre Miguel, no carnaval de 1974.

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Penúltima a desfilar na Marquês de Sapucaí, a Petizes da Penha trouxe o enredo Era Uma Vez… Mais Uma Vez… Outra Vez, de autoria de Dy Fernandes. A força da mata e o folclore popular serão cantados pela Petizes da Penha. Os oitenta integrantes da bateria da escola foram fantasiados de marujada, representando a Marujada de Parintins, no Pará, que é a banda oficial do Caprichoso, Boi-Bumbá que disputa o Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas.

Encerrando os desfiles, a Miúda da Cabuçu contou A Influência Africana no Carnaval Carioca. De autoria de Paulo César Alves, o enredo fala das vestimentas de orixás, com suas cores exuberantes e dos paramentos que influenciaram na confecção de fantasias das baianas e de várias alas das escolas de samba. As comidas servidas em eventos do samba como a feijoada e o angu baiano, não foram esquecidas, além dos adereços africanos, entre os quais búzios, contas, colares e diversos outros materiais.

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