CV responde por 52% das áreas dominadas por grupos armados no Rio
Organização funciona em modelo de franquia e está presente em 25 estados brasileiros
Principal e mais antiga organização criminosa do Rio, o Comando Vermelho é o alvo principal da operação policial que parou a cidade na terça (28) e resultou em mais de uma centena de mortos, considerada a mais letal da história no estado.
Números do Mapa dos Grupos Armados, feito em parceria entre o Instituto Fogo Cruzado, o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos e a Universidade Federal Fluminense (UFF), indicam que, entre 2022 e 2023, a organização passou a responder por 51,9% das áreas dominadas por grupos armados na Região Metropolitana, e aumentou em 8,4% as áreas sob seu controle, recuperando a liderança perdida para as milícias.
Criada em sua primeira forma em 1979 por detentos, no Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, a facção se multiplicou ao longo do tempo e vem expandindo seus domínios, ampliando seu controle territorial na disputa com outros grupos criminosos.
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“O Comando Vermelho funciona como franquias. São vários donos de morro. Nenhum manda mais nem menos, é uma sociedade. Foi isso que permitiu o crescimento nacional. Essa ideologia de facção permitiu que chefes de outros estados, inicialmente, virassem parceiros comerciais em suas facções”, afirma o jornalista Rafael Soares, autor do livro Milicianos: Como agentes formados para combater o crime passaram a matar a serviço dele. O autor afirma que, nos últimos seis anos, o Comando Vermelho passou a marcar presença em 25 estados.





