Marcos Leta é o carioca do ano na categoria Inovação
Com hambúrgueres, almôndegas e até linguiças sem nenhum resquício de carne, empresário espalhou 7 000 pontos de venda mundo afora durante a pandemia
Foodtech é o nome dado às empresas, geralmente startups, que desenvolvem tecnologias para o setor alimentício. É nesse ascendente mercado que o carioca Marcos Leta, 38 anos, vem apostando todas as fichas: em 2019, ele lançou a Fazenda Futuro, especializada em produtos com cara de carne, gosto de carne, mas sem nada de carne — tudo feito à base de uma gama de vegetais, como soja, ervilha e beterraba.
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Hoje, seus hambúrgueres, almôndegas e linguiças estão à venda em grandes redes de fastfood, em supermercados de todo o Brasil e em outros países, como Chile, Colômbia, México, Holanda, Suécia e Alemanha. Já são mais de 7 000 pontos de venda, número que subiu, surpreendentemente, na pandemia. “Estamos criando tecnologias tão sofisticadas que, muito em breve, as pessoas não vão mais conseguir distinguir a carne de origem vegetal da tradicional”, promete Leta. Suas ideias vêm ecoando mundo afora, a ponto de ganhar destaque na revista americana Fast Company, um dos baluartes da inovação tecnológica: avaliada em 715 milhões de reais, a Fazenda Futuro recebeu o título de World Changing Ideas do ano, conferido pela publicação. Tornou-se a primeira empresa brasileira a obter tamanha distinção, já conquistada por Nike, Disney e Google.
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Leta sempre teve tino para os negócios e isso se evidenciou ainda nos tempos da faculdade de administração. Em seu trabalho de conclusão de curso, propôs transformar um andar ocioso do prédio universitário em uma “lanchonete saudável”. Depois, inventou a Do Bem, marca de sucos que seria vendida à Ambev em 2016. Agora, planeja as estratégias para fazer sua entrada no concorrido mercado americano, prevista para março de 2021, e ao mesmo tempo se dedica à criação de uma carne de peixe — à base de vegetais, claro.
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