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Carioca comanda ONG que dá aulas de esportes para deficientes

A psicóloga Carina Alves, à frente do Instituto Superar, é responsável por mais quatro projetos

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 22 jun 2018, 08h00 - Publicado em 22 jun 2018, 08h00
Rio de janeiro: 23-05-2018: CN10: Carina Alves. (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)
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Em 2009, chegou às mãos da psicóloga Carina Alves uma edição da extinta revista do Instituto Superar, voltado ao ensino do esporte para jovens com deficiência física ou mental. Ela gostou tanto do que leu sobre o trabalho desenvolvido que, em 2012, pediu demissão do antigo emprego para ocupar uma vaga na organização, criada pelo jornalista Marcos Malafaia. Três anos depois, Carina teria um novo e grande desafio pela frente: assumir o comando da entidade. “O Marcos resolveu tocar outras iniciativas fora do Brasil e, como era ele que fazia a captação de recursos, vários patrocinadores saíram. Ficamos só com os estagiários. Muita gente achou que iríamos fechar”, lembra a presidente do instituto, a quem coube a tarefa de arregaçar as mangas para conseguir novos apoiadores. Hoje, o projeto atende, gratuitamente, 100 pessoas, com idade de 5 a 30 anos, ganhou polos em São Paulo e Minas Gerais e possui quinze profissionais contratados, entre professores de educação física, nutricionistas e psicólogos. “Trabalhamos com todos os tipos de deficiência. Nosso foco é detectar talentos na natação e no atletismo, mas também contribuir com quem não pretende se tornar um atleta. A ideia é investir no desenvolvimento das pessoas para o esporte e para a vida”, explica Carina.

Além do treinamento esportivo, o instituto é responsável por mais quatro projetos, entre os quais o Educar Campeões, que garante aos participantes bolsa integral em universidades parceiras, e o Natação Adaptada para o Mar, realizado em conjunto com a Equipe 15, formada por profissionais do Corpo de Bombeiros. Em paralelo à administração de tantas ações, Carina ainda investe, do próprio bolso, na literatura acessível. “Contei a história de dez atletas com deficiência na minha tese de mestrado. Aí pensei: o que fazer com esse material? Resolvi escrever um livro infantil por ano”, revela a psicóloga, mestre em letras e ciências humanas e doutoranda em educação especial na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Três títulos já foram publicados: A Menina que Perdeu a Perna, O Menino que Escrevia com os Pés e A Princesa que Tinha Um Cromossomo a Mais (em coautoria com Mari Meire), todos lançados em braile, audiodescrição, libras e pictograma. “Vamos às escolas, falamos sobre diversidade e deixamos os livros lá”, conta a escritora, que pretende captar recursos para ampliar sua campanha literária neste ano.

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