Atropelamento de noivo: foragido, Vitor Belarmino responderá por homicídio doloso
Influencer também foi indiciado por outros dois crimes: fuga do local do acidente e omissão de socorro
O atropelador do fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, morto horas após seu casamento, foi indiciado por homicídio doloso (quando há a intenção de matar), fuga do local do acidente e omissão de socorro. Após oitivas de 13 testemunhas, análise de mais de 20 vídeos apreendidos e confecção de 10 laudos periciais, a Polícia Civil do Rio concluiu o inquérito, investigado pela 42° DP (Recreio dos Bandeirantes), e também indiciou as cinco mulheres que estavam dentro do veículo com Vitor Vieira Belarmino, de 30 anos, por omissão de socorro. Belarmino está foragido desde 13 de julho, dia do atropelamento. Ainda em julho a Justiça do Rio de Janeiro expediu um mandado de prisão contra ele, que desde então ele é considerado foragido.
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Novas imagens obtidas pelo RJ2, da TV Globo, mostram Vitor Belarmino chegando a uma festa de aniversário de uma amiga horas antes do acidente. No vídeo do câmera de segurança do elevador, ele aparece com uma bolsa na mão, no dia 13 de julho, por volta de 22h30. Uma hora depois, o influencer deixou a festa com Amanda Camargo e Silva, Mirelly da Silva Campos, Julia Teixeira de Sousa, Débora Letícia da Silva Paz e Karolayne Melo Fernandes Ferreira, além de uma menor de idade. Eles entraram juntos no mesmo elevador e foram embora na BMW conversível de Belarmino.
Fábio, de 42 anos, atravessava a Avenida Lúcio Costa, no Recreio, de mãos dadas com a mulher, Bruna Villarinho, quando foi atingido pela BMW dirigida por Vitor Belarmino. O casal tinha deixado as malas no hotel onde passariam a noite de núpcias e saiu para uma caminhada na orla. O acidente foi registrado por uma câmera de segurança e testemunhas disseram à polícia que o carro estava em alta velocidade, o que foi confirmado pelos investigadores: a perícia constatou que no momento do atropelamento, ele trafegava a 109 km/h. Antes disso, o carro chegou a trafegar a 160 km/h, numa via cuja velocidade máxima era de 70 km/h. Os peritos concluíram que se Belarmino estivesse trafegando na velocidade permitida da via teria condições de frear o carro antes do impacto. A prefeitura do Rio anunciou que vai reduzir a velocidade máxima para 60 km/h.
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A defesa de Belarmino ainda não se manifestou. Em julho, o advogado Gabriel Habib, que representa o influenciador, disse que ele não estava alcoolizado, que dirigia dentro da velocidade permitida e que não prestou socorro porque teve medo de ser linchado. Ainda segundo o advogado, a defesa iria “provar no inquérito que foi um acidente e que Vitor não teve culpa na morte da vítima”. Em depoimento, as passageiras que acompanhavam o influencer disseram que haviam saído da festa de aniversário de uma delas e decidiram ir à praia. Para chegar lá, aceitaram a carona do influenciador. Duas delas afirmaram que consideravam que o motorista estava em uma velocidade acima do normal.
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