Ataque a tiros deixa ao menos duas pessoas mortas em Irajá

Um episódio de violência chocou os moradores da Zona Norte na madrugada de sexta (17). Um grupo de pessoas em situação de rua dormia sob o viaduto da Avenida Pastor Martin Luther King Júnior, na altura da estação de metrô de Irajá, quando foi surpreendido por disparos. Segundo a polícia, um carro parou em frente ao local e os ocupantes abriram fogo com um fuzil. O ataque deixou dois homens mortos e um terceiro ferido em estado grave.

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Segundo a Polícia Militar, os disparos não ficaram concentrados em um único ponto: os corpos das duas vítimas foram encontrados em extremidades opostas do viaduto, na altura do número 7 130. Cápsulas de fuzil e de pistola foram recolhidas na cena do crime. A perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) chegou ao local por volta das 9h para realizar os trabalhos técnicos e investigar as circunstâncias do ataque.

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O crime ocorreu por volta das 4h, quando o carro parou em frente ao grupo de pessoas e abriu fogo com um fuzil.  O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 4h45. Equipes do Quartel de Irajá encontraram dois homens já sem vida e socorreram um terceiro, de 37 anos, em estado grave. Ele foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o paciente segue internado.

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As vítimas dormiam sob o viaduto, onde havia colchões, sofás, cobertores e roupas espalhadas. Durante a manhã, equipes do 41º BPM (Irajá) e da Secretaria Municipal de Assistência Social estiveram na área para acompanhar o caso e oferecer apoio às pessoas em situação de rua. Moradores da região afirmam que o ataque causou estranhamento, já que as vítimas eram conhecidas e não representavam ameaça.

Uma das vítimas foi identificada como Etervaldo Bispo dos Santos, de 52 anos, conhecido como Bahia na região. Ex-cabeleireiro e percussionista, ele vivia nas ruas há mais de dez anos e participava de um projeto social no bairro.

O viaduto onde ocorreu o crime fica entre as comunidades Rio d’Outo e Malvina, área sob influência do Terceiro Comando Puro (TCP). A investigação segue sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital.