Yemanjá leva arte sustentável ao Arpoador
Com técnica de grafite que inclui a instalação de objetos em alto-relevo produzidos a partir de materiais recicláveis, ex-pichador dá vida a mureta da praia

A Rainha do Mar atravessou a areia e tomou conta do paredão do Arpoador, pelas mãos do artista plástico e ex-pichador André Rongo. Usando uma técnica batizada de grafite sustentabilismo, que inclui a instalação de objetos em alto-relevo produzidos a partir de materiais recicláveis, o fundador do Museu Aberto de Graffiti do Rio já havia levado sua pintura à mureta de São Conrado.
+ Reforma faz Igreja dos Mercadores, de 1750, reaver tempo perdido
+ A cruzada para manter a vocação do Teatro Leblon para as artes
“Abordamos o tema da preservação e a arte urbana em locais democráticos, abertos ao público, que são a cara do Rio”, comemora Fernando Oliveira, diretor da agência Trinity, responsável pelo projeto Rio em Todas as Cores ao lado de Rongo.
+ Não deixe o batuque morrer: Samba Luzia emerge em outro lado da baía
+ Tá ligado? 50 anos após invenção, existem 20,5 milhões de celulares no Rio
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
A inspiração para o artista reescrever sua história colorindo o Rio veio em 1989, quando o então arcebispo dom Eugenio Sales puxou-lhe a orelha após ver uma pichação sua na Catedral Metropolitana: “Ele disse que via em mim um grande talento usado contra a cidade”. Ponto a favor, ganhamos todos.