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‘Anjo Surfista’ do Rio pode ser beatificado

Vaticano autoriza a abertura de processo para a beatificação de Guido Schäffer, médico e seminarista nascido em Volta Redonda, no estado do Rio

Por Redação Veja Rio
Atualizado em 5 dez 2016, 12h35 - Publicado em 11 nov 2014, 11h56
Guido Schäffer
Guido Schäffer (Reprodução/)
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O Vaticano autorizou a abertura de processo para a beatificação de Guido Schäffer, médico e seminarista nascido em Volta Redonda, cidade no sul fluminense, e morto em maio de 2009, aos 34 anos. O pedido foi feito em maio deste ano pela Arquidiocese do Rio, que recebeu a resposta no fim de outubro e a anunciou nesta segunda-feira (10). Agora a Arquidiocese vai instalar um tribunal para dar início ao processo.

Para conceder o título de beato a uma pessoa, a Igreja Católica exige, entre outros requisitos, a comprovação de um milagre relacionado ao candidato. Essa condição só é dispensada em caso de martírio. A beatificação é considerada um passo anterior à canonização, processo em que a pessoa é declarada santa. Para isso é necessário comprovar mais um milagre ligado ao candidato.

Guido morava em Copacabana (zona sul do Rio) e era médico, seminarista e surfista. Havia cursado Medicina na Faculdade Técnica Educacional Souza Marques, de 1993 a 1998, e fez residência em clínica médica na Santa Casa, de 1999 a 2001.

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Cursou Filosofia (2002 a 2004) e Teologia (2006 e 2007) no Instituto de Filosofia e Teologia do Mosteiro de São Bento, no Rio. Em 2008, ingressou no Seminário São José para concluir o curso de teologia e cumprir o período mínimo de vida no seminário necessário para a ordenação sacerdotal. Nesse tempo todo, Guido organizou diversos grupos de oração.

Em 1º de maio de 2009, ano em que concluiria o seminário, foi à praia da Barra da Tijuca (zona oeste) para surfar e comemorar com amigos o casamento de um deles, marcado para o dia seguinte. Numa manobra acidentada, a prancha atingiu a nuca de Guido, que morreu.

Desde a morte, começou a ser atribuída a Guido a fama de milagreiro. Seu túmulo no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul), costuma ser visitado por romeiros. A vida de Guido foi registrada no livro “O Anjo Surfista”. Um site em sua homenagem recebe ao menos mil visitas por mês, segundo os organizadores.

D. Roberto Lopes, delegado episcopal para a Causa dos Santos da Arquidiocese do Rio, será responsável por reunir material que comprove o milagre operado por intercessão de Guido. Relatos de cura já chegaram ao conhecimento de d. Roberto, a quem caberá reunir as provas (com Estadão Conteúdo).

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