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Al Pacino carioca? Quem é Flavio Mocidade, preso em operação da polícia e MP

Preso nesta quarta (9), Flávio da Silva Santos, presidente da escola de Padre Miguel, posta nas redes charutos com o nome do ator e fotos de Scarface

Por Da Redação
10 out 2024, 18h36
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Al Pacino Carioca: charutos teriam sido presente de uma amiga (Instagram/Reprodução)
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Preso na Operação Fissão, da Delegacia de Homicídios, da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta quarta (9), Flávio da Silva Santos, o Flávio da Mocidade, se vê como um alter ego de um ídolo do cinema. Homem de confiança do bicheiro Rogério Andrade – tanto que foi indicado e se tornou presidente da verde e branco de Padre Miguel em 2019 -, ele se apresenta nas redes sociais como “Al Pacino carioca”, numa referência ao ator americano, hoje com 84 anos, famoso por suas atuações em filmes de máfia como “Scarface” e “O Poderoso Chefão”.

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Em uma postagens em uma rede social, Flávio usa uma das cenas do filme de 1983 de Brian de Palma, em que Al Pacino aparece atirando com uma metralhadora para fazer graça: “To puto em!!! kkkk”. Em outra publicação, exibe fotos de charutos que diz ter recebido de uma amiga com a etiqueta “Al Pacino carioca”, autodefinição que ele reforça em hashtags e usa, de forma abreviada, no nome de perfil: “alpa”.

Flávio da Mocidade foi preso na Operação Fissão, decorrente da investigação sobre a morte de Fábio Romualdo Mendes, em setembro de 2021. Ele era alvo de um mandado de busca e apreensão, mas agentes encontraram uma arma – que ele tentou esconder ao jogar pela janela e acabou preso em flagrante. Segundo as investigações, Romualdo era ligado ao jogo do bicho e foi morto por desavenças na contravenção. Ainda de acordo com a DHC e o Gaeco, os mandantes da execução pertencem a um grupo liderado por Flávio da Mocidade — apontado como braço direito de Rogério Andrade. A força-tarefa também fez buscas na casa do contraventor.

Segundo investigadores, Flávio é o responsável por cuidar dos pontos de caça-níquel nos bairros de Realengo, Padre Miguel e Bangu, todos na Zona Oeste do Rio. Há 15 anos, ele foi baleado em um atentado. Desde então, caminha com dificuldade devido a sequelas.

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“O G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel ressalta que não tem relação com eventuais investigações. A agremiação reforça que segue focada nas atividades sociais com a comunidade e na preparação para o Carnaval 2025”, disse em nota a escola de samba. A defesa de Flávio ainda não se manifestou.

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